Porquê o Biofilme é um Vilão

academiasuina

O reflexo de uma dieta de alto padrão (água e alimento) na qualidade de vida e desempenho animal é evidente. A qualidade da ração e dos ingredientes sempre é bem pensada, estudada e minimamente calculada. Porém, damos a mesma atenção para a qualidade da água?

É muito comum discutir sobre a qualidade da ração nos cursos técnicos. Porém, quase nunca discutimos o impacto da qualidade da água na produção de suínos. A água que está disponível para os animais no bebedouro percorreu um longo caminho e, por isso, devemos entender os pontos críticos de controle e avaliação para identificação de possíveis fontes de contaminação.

Em todas as granjas produtoras de suínos temos caixas d’água para armazenamento de água. Inclusive, a recomendação é que os reservatórios sejam capazes de armazenar quantidade de água suficiente para 15 dias de consumo dos animais (Embrapa, 2016). Você se recorda a última vez que fez a limpeza da caixa d’água da sua granja? E da sua casa? Se a sua resposta é não, fique atento aos potenciais riscos a que você e os os animais estão sujeitos. É comum em tubulações e reservatórios o acúmulo de biofilme. Biofilme consiste em um conjunto de microrganismos que se acumulam em um local onde há alta umidade e má higienização. Com o fluxo da água pelos reservatórios e tubulações, é comum a liberação constante deste material que, quando ingerido pelos animais, pode provocar distúrbios gastrointestinais e maiores desafios sanitários. E quais as consequências de tais distúrbios? Elas variam de acordo com alguns fatores (tipos de bactérias presentes, imunidade, idade, entre outros) mas se resumem a diarréias, desconforto intestinal e inapetência, por exemplo. Todos os sintomas citados convergem para uma queda no consumo de alimento e, consequentemente, queda no desempenho.

Por estes e outros motivos, ressalta-se a importância de manter os reservatórios e tubulações limpos. A higienização efetiva deve ser realizada periodicamente, anualmente ou, de preferência, na mudança de lote (Embrapa, 2016). Evitar a formação de biofilme, previni que os animais sejam expostos aos microrganismos e ao aparecimento de problemas sanitários.

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